terça-feira, 21 de junho de 2016

Ártemis deusa da caça

      Ártemis, deusa grega, ou Diana, como era conhecida entre os romanos, divindade responsável pelas atividades da caça, é representada como uma imagem lunar arisca e selvagem, constantemente seguida de perto por feras selvagens, especialmente por cães ou leões. Ela traz sempre consigo, no abrigo de suas mãos, um arco dourado, nos ombros um coldre de setas, e pode ser vista trajando uma túnica de tamanho curto.
    Dizem que quando ela ainda era uma criança, Zeus a questionou sobre seu maior desejo para seu aniversário, e ela lhe pediu, sem hesitar, que pudesse circular livremente pelas matas, ao lado dos animais ferozes, dispensada para sempre da obrigação de se casar. O pai imediatamente realizou seu sonho.
Esta deusa famosa dos gregos foi concebida por Zeus e Leto e era irmã gêmea de Apolo – enquanto ele simbolizava a luz solar, ela representava a esfera lunar. Esta poderosa figura é sempre encontrada, em qualquer mito que seja, correndo por bosques, florestas e matas, livre como um pássaro, ensaiando suas coreografias e cantando ao lado das ninfas que lhe são muito próximas.
    Nas festas em homenagem à lua eram sempre executadas danças de extrema sensualidade e havia constantemente a presença de um ramo considerado sagrado. Ártemis é considerada tanto uma prostituta sagrada quanto uma virgem responsável pelos partos, pois os mitos a retratam igualmente como o bebê que nasceu primeiro e ajudou a mãe a parir o irmão Apolo.
Embora pareça contraditória esta personalidade ambígua de Ártemis, na verdade ela está associada á dupla faceta do feminino, que protege e destrói, concebe e mata. Esta imagem da deusa é difundida especialmente na Ásia Menor. Não se sabe exatamente onde e quando surgiu seu culto, pois os autores que estudam o mito divergem quanto a este ponto.
    Alguns pesquisadores acreditam que seu nascimento remonta às tribos da Anatólia, exímias caçadoras, consideradas berços das famosas amazonas. Outros crêem que ela descende da divindade Cibele, protetora da Natureza, cultuada na Ásia Menor, também representada como uma Rainha das Feras, rodeada por leões, veados, pássaros e outros exemplares da fauna.
Há estudos que situam Ártemis ao lado de outras potências lunares, tais como Hécate, também associada às esferas infernais, e Selene; as três compunham uma espécie de trindade da Lua. Os italianos a conhecem como Diviana, expressão que pode ser traduzida como Deusa, e pode ser facilmente ligada ao nome Diana.
     Na Itália eles comemoravam sua festa no dia 13 de agosto, quando os cães de caça tinham seu momento de glória e os animais ferozes eram deixados à vontade. Este evento foi consagrado pela Igreja como um culto católico que marca a Assunção de Nossa Senhora, transferido para o dia 15 de agosto.
Esta deusa da fertilidade animal tinha várias discípulas, que eram denominadas ursas. Elas reconheciam sua natureza autoritária e repressora. Os animais ferozes que estão sempre junto a ela representam, por outro lado, os impulsos que precisam ser dominados. Sem dúvida ela é o símbolo maior do feminino, de sua liberdade e autonomia.


Escultura da deusa Ártemis. Foto: mubus7 / Shutterstock.com
 Escultura da deusa Ártemis. Foto: mubus7 / Shutterstock.com



Referências:
http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusadiana.html
http://www.femininoplural.com.br/artemis/nos.htm
http://www.infoescola.com/mitologia-grega/deusa-artemis/

Hermes o mensageiro dos deuses

     Na mitologia grega, Hermes era o mensageiro dos deuses. Zeus, que era o chefe das divindades, costumava enviar recados por meio de Hermes, que era um dos doze deuses que viviam no Olimpo. O deus Mercúrio, venerado na antiga Roma, tinha muita semelhança com Hermes. O mensageiro do Olimpo era representado com asas no capacete e nas sandálias, como símbolos de sua velocidade.
     Hermes era filho de Zeus e da titânide Maia. Os titãs e as titânides eram gigantes que em tempos passados haviam governado o mundo. Hermes tinha muitos papéis na mitologia grega. Além de mensageiro, era ele que conduzia os mortos para o Hades, o mundo subterrâneo. Também era venerado como protetor dos viajantes, do comércio, da boa sorte e dos ladrões.
     Hermes era visto como astucioso e enganador. Conta a lenda que, recém-nascido, roubou uma vaca do deus Apolo. Zeus mandou que ele a devolvesse. Para ganhar tempo, Hermes começou a tocar a lira, instrumento musical que acabara de inventar. Apolo gostou tanto do som que deu a vaca a Hermes em troca da lira. Assim, Apolo se transformou no músico do Olimpo. 



Estátua de Hermes. Foto: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hermes


Referências:
http://escola.britannica.com.br/article/481487/Hermes

Apolo deus da juventude e da luz

     Apolo, também conhecido com Febo (brilhante), na mitologia grega é considerado o deus da juventude e da luz, identificado primordialmente como uma divindade solar, uma das divindades mais ecléticas da mitologia greco-romana. Filho de Zeus e da titã Latona (Leto). Tinha uma irmã gêmea Ártemis que era conhecida pelos romanos como Diana, a deusa da caça. Segundo a lenda, Apolo e sua irmã nasceram na ilha de Delos onde sua mãe Leto se refugiou para se esconder da Hera, a esposa de Zeus.
Esse deus também tinha sua parte negra, era considerado um arqueiro de grande habilidade. Com um ano de idade seguiu a serpente Píton que era também inimiga da sua mãe e a matou com flechadas. A partir deste momento foi considerado um grande arqueiro. O seu arco disparava dardos letais que matavam os homens com doenças ou então mortes súbitas. O poder de Apolo se exercia em todos os lugares da natureza e do homem.
     Uma grande história de amor não correspondido de Apolo foi com a Dafne. Por ser um deus muito belo, e ter muitas qualidades, quis ser bem mais que o deus Cupido. Afirmou que suas flechas eram bem mais poderosas que as do deus do Amor, mas Cupido argumentou que as flechas que possuía além de serem mais poderosas, atingiriam até o próprio Apolo. Apolo naquele momento não acreditou, foi então que o Cupido lançou uma flecha no coração dele com ouro na ponta e ele se apaixonou pela moça Dafne, mas o cupido para mostrar que era mais poderoso lançou uma flecha com chumbo na ponta no coração de Dafne que repudiava Apolo e sua paixão. Dafne não aguentava mais o deus Apolo a perseguindo, foi então que pediu a seu pai Peneu que mudasse sua forma; seu pai a atendeu e a transformou em um loureiro.
     Outro grande momento que marcou a vida de Apolo foi sua grande admiração por Jacinto. Apolo tinha muito apego por Jacinto. Certo dia foram jogar discos, Apolo foi o primeiro a lançar; lançou muito forte e com precisão e Jacinto com muita vontade de jogar também foi correndo atrás do disco para pega-lo, mas Zéfiro (um dos deuses do vento) sentia muita inveja, pois Jacinto preferia Apolo. Então soprou o disco que bateu na testa de Jacinto. Apolo correu para ajuda-lo e enquanto tentava reviver o amigo, nasceu uma linda flor do sangue que escorreu de sua testa, que após sua morte recebeu o nome de Jacinto.
     Apolo deus justo e puro que ajudava doentes e também curava várias doenças através do sono.



Estátua de Apolo na Academia de Atenas, Grécia. Foto: Haris vythoulkas / Shutterstock.com


Referências:
http://lendas.no.sapo.pt/mitologia/mitos/mitoapolo.htm
http://www.lunaeamigos.com.br/mitologia/14_apolo.htm
http://www.infoescola.com/mitologia-grega/apolo/

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Eros o deus do amor

Eros era considerado pelos gregos como o deus do amor. Entre os romanos, ele era conhecido como Cupido, que em latim tem o sentido de ‘amor’. Há várias versões sobre a história deste deus. Segundo Hesíodo, na sua obra Teogonia, e Empédocles, filósofo pré-socrático, ele era descendente de Caos, sendo assim uma divindade primordial. Enquanto o Caos era o representante do vácuo primitivo reinante no Universo, Eros é a energia que organiza e unifica tudo. Através dele, tudo passava do estado caótico para a condição cósmica, ou seja, ao espaço bem ordenado.
Depois ele passou a ser conhecido como um deus integrante do Olimpo, gerado por Afrodite e Zeus, Hermes ou Ares, de acordo com a interpretação vigente. Ele detinha uma beleza ímpar, atendia aos desejos de Afrodite, sempre pronto a disparar suas flechas do amor contra mortais e imortais, conforme as determinações maternas. Representado como uma criança, explicam algumas versões que Afrodite teria, um dia, reclamado com Métis, deusa da prudência, que o filho não crescia nunca. A amiga lhe recomendou então ter outro filho, o que propiciaria o crescimento de Eros. Isso teria realmente ocorrido depois do nascimento de Antero, considerado por alguns a divindade responsável pelo amor mútuo, o que eventualmente o opunha ao irmão.
Os romanos, embora admirassem a sublime beleza de Eros, reservava a ele um cerimonial simples, desprovido de importância. Homero não cita Eros em nenhum momento na sua Odisséia. Cabe a Hesíodo narrar sua existência pela primeira vez, descrevendo-o como o imortal mais formoso, sedutor, apto a dominar os corações e a vencer a prudência.

Poseidon deus dos mares




Quem era, história e representação na mitologia grega 
  
Na mitologia grega, Poseidon era o deus dos mares. Representado como um homem forte, com barbas e segurando sempre um tridente.

Era filho do titã Cronos e Rea, irmão de Zeus (deus dos deuses) e de Hades (deus das almas dos mortos, do subterrâneo).

Filhos 

De acordo com a mitologia grega, Poseidon teve várias amantes e com elas vários filhos como, por exemplo, o gigante Órion e o ciclope Polifemo. 



Poseidon nos mitos 

Poseidon aparece em vários mitos da Grécia Antiga. Num deles, disputou com a deusa Atena o controle da cidade-estado de Atenas, porém saiu derrotado. Num outro mito ajudou os gregos na Guerra de Tróia. Fez isto para se vingar do rei de Tróia que não havia lhe pagado pela construção do muro na cidade.

Você sabia?

Na mitologia romana, Poseidon é conhecido como Netuno.
Ao lado de Zeus e Hades, Poseidon governava o universo. Seus domínios eram sobre os mares e oceanos principalmente, além de controlar os terremotos.
Poseidon aparece algumas vezes como irmão mais novo de Zeus e em outras ocasiões como mais velho. Na verdade, Zeus teria obrigado seu pai Cronos a regurgitar e devolver a vida a seus filhos que sempre engolia, assim, Zeus seria o filho mais novo. Porém mais tarde Zeus vai se estabelecendo no folclore helênico como o filho mais velho.
Poseidon descontava sua ira através de terremotos, porém também podia ser benigno, um exemplo disso foi quando ajudou os gregos a vencer a Guerra de Tróia. Os navegantes pediam a ele águas calmas e ventos favoráveis, mas nunca era possível prever o que Poseidon iria fazer, pois ele era imprevisível.
Da mesma forma que Zeus, Poseidon tinha inúmeras aventuras amorosas, gerando uma grande quantidade de filhos, que como os filhos de Hades, eram violentos e maléficos.

Hera protetora das mulheres, do casamento e do nascimento

Na mitologia grega, Hera representava a divindade do casamento, protetora das mulheres e dos nascimentos. Esposa e irmã de Zeus (deus dos deuses), ela possuía uma personalidade forte, marcada pela agressividade, orgulho e pelo ciúme. Este comportamento fazia com que ela ficasse perseguindo as amantes de Zeus. Num dos mitos, Hera tenta matar o herói grego Heracles (Hércules), quando este ainda era apenas um bebê.
De acordo com os mitos, Hera mostrava apenas os olhos para os mortais e apresentava-se sempre com uma coroa de ouro na cabeça. Ela marcava os locais que protegia com penas de pavão (seu pássaro favorito). 
Hera possuía sete templos na Grécia, que, de acordo com a mitologia, foram destruídos pelo herói Heracles que a aprisionou num jarro de barro.
De acordo com a mitologia, Hera tinha como principal rival a deusa Afrodite (do amor). Muito vaidosa, Hera tinha raiva de Afrodite, pois queria ser mais bonita do que a deusa do amor.



Hades o deus do mundo dos mortos


 
Na mitologia grega, Hades era o deus  responsável por governar o mundo subterrâneo e as almas após a morte. Era filho de Cronos e de Réia, irmão de Zeus (deus dos deuses) e de Poseidon (deus dos mares). 

A passagem mitológica mais conhecida envolvendo o deus Hades é aquela em que ele rapta Perséfone, filha da deusa Deméter, para viver com ele no mundo subterrâneo, tornando-a sua esposa. Este mito é mais conhecido como o Rapto de Cora (como Perséfone era retratada na mitologia romana).

Hades era um deus que provocava muito medo na Grécia Antiga. Como estava relacionado com a morte, os gregos evitavam falar seu nome.

De acordo com a mitologia grega, Hades era muito quieto, intimidativo e impiedoso. Não gostava de oferendas e sacrifícios. Também não costuma interferir nos assuntos terrenos.
 

O cão Cérbero 

Hades possuía um companheiro que era o seu cão Cérbero. De aspecto monstruoso, com várias cabeças, o cão era o responsável por guardar a entrada do reino dos mortos.

Hades, Zeus e Poseidon

Hades, ao lado seus irmãos, Zeus e Poseidon, detinham o poder sobre todo o Universo. Enquanto Zeus era o deus dos céus e Poseidon, dos mares, Hades detinha o poder do mundo subterrâneo, dos mortos, sejam eles bem-aventurados (Campos Elísios) ou não (Inferno).
As pessoas tinham medo até mesmo de pronunciar o nome de Hades, pois este era um deus sereno e frio. Para isso, usavam eufemismos para se referir a ele, como o nome de Plutão.